É mesmo engraçado como a ingenuidade e a pureza dos 13 anos do meu primo pode deixar-me a pensar sobre assuntos que evitamos pensar.

"Oh André, mas que conversas são essas?! Faz favor de parar com isso!!", digo-lhe eu, no meu tom pseudo-paternal. Ao que ele retribui, no seu sotaque genuinamente bracarense, que tanto invejo:
"Masé berdade!! Quaundo morrer, quero que me dêem um tiro, ou qualquer cuoisa assinhe, num quero é ter de sofrêre!"

- "Mas já agora, o que achas que acontece quando morremos?"
- "Sei lá!! Acho que me desligo, fica tudo preto, mas eu não tenho consciência disso!"

Nem em mil anos me lembraria de tal visão. Com a resposta dele, dou um sorriso. Acho que o medo do desconhecido me paralisa de ter vontade para pensar o que acontece depois da morte.

Será o meu objectivo final :)