"Se analisarmos mais detalhadamente o ciúme, podemos perceber logo de início que não se trata de um sentimento voltado para o outro, mas sim voltado para si mesmo, pois é o medo que alguém sente de perder o outro ou a sua exclusividade sobre ele. É um sentimento egocentrado, que pode muito bem ser associado à terrível sensação de ser excluído de uma relação.
(...)
Paralelamente a este sentir ciúme, podemos avaliar a forma de reagir perante este sentimento. Para a pessoa supostamente saudável, o sentir-se enciumado leva-a a questionar-se sobre este sentimento. Chega a partilhar com o outro esta forma de sentir e pode tirar daí conclusões importantes sobre a sua forma de ser.
(...)
O ciúme é, em última análise, um sinal de alerta, indicando que algo está a falhar. Ignorá-lo apenas traz conclusões trágicas."

Se o texto deste senhor estiver correcto, então penso considerar-me um ciumento saudável. Para mim, a forma de o atenuar é ser directo, mesmo que em diferido da situação, com a pessoa.

Estou a aprender a não reagir aos meus ciúmes, porque "só tem ciúmes quem gosta", não pode é ser mal-interpretado, desde que não saia dos parâmetros do saudável.

:)

Inspirado no post mais recente do Zeca, fiquei a pensar nas questões para as quais não encontro resposta ainda hoje.
Demasiadas vezes penso na razão pela qual os seres humanos têm a natureza que têm, ou seja, no fundo, o que nos faz assim.
Há muitos seres vivos na Terra (muitos lol), e penso como é que eles vivem as suas vidas... Lembro-me disso quando olho para a minha cadela, que quando não está a dormitar, está a comer, ou a ladrar às rodas das bicicletas, ou a perseguir a minha mãe pela casa, mas penso porque razão não tem conversas com outros cães, porque razão não se apaixona... (será uma vantagem evolutiva? Porque desse modo não sofre?)
Por esse ponto de vista, dá que pensar que se calhar os seres humanos são seres em desvantagem na evolução, porque sofremos muito mais: com a morte de alguém próximo, afectamo-nos com a tristeza dos outros, magoamos alguém e sentimo-nos mal...
Mas por outro lado, temos o privilégio de apreciar um pôr-do-sol e sentir uma nostalgia, de receber um presente sem estarmos a contar, e guardá-lo, não porque tenha uma função prática, mas porque gostamos (porque razão fazemos isso, se não nos "serve para nada"?) Com isto não quero dizer que eu não o faço, pois quem me conhece sabe que sou um eterno romântico :P (se não sabiam ficam a saber), e que às vezes me devia desligar mais disso... E mais uma vez penso que não vale a pena, pois não sou capaz de abdicar da minha natureza de humano para começar a ladrar a rodas de bicicletas...

Grande confusão este post... É uma pequena amostra do estado que está a minha cabeça desde há algum tempo para cá...