"I've often wondered why I started this thing. I guess it was for the same reason Man invented God... We're always looking for an answer to what we don't understand."



Where am I?


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Lugares como este, que conheço melhor que qualquer outro...

Lugar onde é corrente a confiança... Ou talvez a ignorância do mal...

Um lugar onde os donos dos cafés deixam o seu posto de trabalho à confiança dos "fregueses"...

Um lugar onde as pessoas colhem ervas daninhas das bermas dos caminhos térreos, primitivos ainda, para fazer saladas (as famosas "merujas" da minha avó, tradicionais da "minha" Páscoa)...

Um lugar onde a surpresa do meu avô quando descobriu que os telemóveis se carregavam com a ajuda de um "pinchavelho" (palavras dele) que se ligava à corrente, me delicia...

Um lugar onde os donos das farmácias das aldeias vizinhas confiam na próxima pessoa que lá vá para entregar os medicamentos aos destinatários:
"Sabe menino, é que o Sr. Manso precisa muito destes comprimidos, e ontem não havia... Podia fazer o favor de lhos entregar, já que fica em caminho? Muito obrigada, Deus lhe pague e muita saúde p'ra si e pr'ós seus"...

Mas talvez seja a reunião vespertina em redor da lareira, quando toda a gente começa a regressar a casa, antes do jantar. É o momento mais apetecível dos dias pachorrentos passados sentados à porta de casa, ao sol de Abril, em bancos de madeira gastos pelo tempo de muitas horas de conversas despreocupadas...

Num lugar onde dar um bom-dia a quem passa está enraizado, faz parte das gentes daquela terra, onde a sua pureza de coração me preenche de paz e me permite continuar à espera que o mundo regresse às raízes de onde veio...

Por isso dedico este post aos meus avós, que com a sua pureza e abertura de espírito me deram um bocadinho daquilo que hoje sou, e por isso lhes estou grato.

Ricardo


2 Responses to “Where am I?”

  1. Anonymous Anonymous 

    Mt cool o post :)..... nunca tive uma relação mt proxima com os meus, mas noto que a relação avos-neto é sempre especial :)

    hugs rapaz

  2. Anonymous Anonymous 

    descrever o que li tem de ser forçosamente um eufemismo.
    a delideza de cada detalhe, o encantamento das coisas simples aqui presente é inesgotavel.
    é lindo o facto de saberes viver esse pedaço de realidade que te surge. é contagiante a necessidade de exprimires a beleza, como se fosses transbordar...
    é bom sentir que formigam em ti, coisas doces.

    tenho orgulho de ser tua amiga.

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  • "Agora sei que nada é fixo: há sempre um por fazer. Há sempre outro a partir depois de cada chegar. Agora sei que para saber é preciso rasgar as mãos... e procurar."
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